Resenha: O Último Romântico

Autora: Simone Ribeiro
Editora: Giostri

Ano: 2015 

Páginas: 156

*Obra cedida pela autora.

    O amor platônico tão lido pelo último romântico o fez viver sua história de amor...O novato diretor de escola Pedro encontrou o verdadeiro amor no sentimento platônico pela recém-chegada professora do interior Catarina. O rapaz de vinte e seis anos se entregou no primeiro momento em que a viu. Casado, ele se divorciou; fraco ele se embebedava e fumava muito; desprezado pelo seu boneco, ele sofreu um acidente bêbado e em coma ficou em virtude de seu amor platônico não correspondido.Do sono profundo, Pedro acordou e mudou o rumo de sua vida por amor. Em Itapetininga, como faxineiro feliz ele estava apenas por Catarina estar por perto. Solitário, ele não estava por achar Sefa, sua colega de trabalho, uma amiga a qual verdadeiramente ele achava que nunca tivera. Porém os enganos traiçoeiros o fizeram sofrer sozinho!!??Nesta novela as palavras não ditas serão chagas no destino de duas pessoas. [SKOOB]

Nessa resenha vou te apresentar o livro “O Último Romântico”, escrito por Simone Ribeiro e espero que você aprecie comigo essa envolvente narrativa.

Como você, meu caro leitor, imaginaria um amor platônico nos dias atuais? Quem sabe pelas diferenças de classes sociais, culturais ou até mesmo crenças religiosas distintas? Ou que tal por um amor não correspondido? E a distância, será que pode ser um impedimento para o amor? Talvez a morte!? Difícil imaginar!?

A autora Simone Ribeiro nos apresenta esse amor, platônico sim, mas adivinha por que: por suas próprias limitações! Pois é, ela nos mostra que o que fazemos e falamos e até mesmo o que deixamos de fazer e falar pode ser decisivo em nossas vidas, podendo atrair a felicidade ou o contrário disso.

Em “O Último Romântico” assistimos ao amor platônico de Pedro e Catarina, que surge logo, à primeira vista, ao se encontrarem em uma escola pública de Ribeirão Pires, interior paulista, onde trabalham juntos, ela como professora e ele como diretor. No entanto, tão logo se conhecem, logo o destino os separam.

O que você faria pelo amor de sua vida? Pedro fez de tudo: divorciou-se, largou seu cargo na escola, deixou seus melhores amigos, que era na verdade a única família que possuía, vendeu seus bens e mudou de cidade, foi para Itapetininga, também interior paulista, de onde sua professorinha era nascida e para onde ela tinha voltado. E ali Pedro literalmente passou a varrer o chão por Catarina, isso sem falar das choradeiras, das bebedeiras e do coma... é ele morreu e voltou, por ela...

Embora cheio de limitações, que iam da timidez à dificuldade de expressar seus sentimentos, Pedro tinha esperança de conquistar o seu amor e fora muito persistente, mesmo acreditando fazer parte de um triângulo amoroso - mal sabia que fazia parte de dois - não podia desistir daquela que era sua alma-gêmea. Seu amor era puro, imenso, louco e desesperado, desses bons que até virou caso de investigação.

Poderia ser Pedro não apenas um apaixonado, mas um predador sexual, um psicopata ou um louco perigoso? Aquele mural que ele montara com fotos dela, todas roubadas, estavam lá bem visíveis naquele buraco em que agora vivia, elas o denunciavam: era mesmo um grande amor, provas da sua loucura ou pistas deixadas por um mau-caráter? Tire suas próprias conclusões meu caro leitor. Quanto as minhas, bem... penso que ele é de fato o último romântico, o que pode ser bom - ou não!

Agora que conheceu um pouquinho sobre o livro O Último Romântico, que tal conhecer um pouco mais da autora? 

Bônus 

Entrevista

Biografia resumida: Adoro viajar na imensidão do mundo das palavras desde pequena, na adolescência eu desabafava minhas angústias e incertezas na poesia e até arriscava rabiscando algumas letras de músicas. Amo a leitura e sua habilidade de teletransportar a mente e, assim, fiz Letras. Hoje, Planeta Terra de 2016, tenho 27 anos, sou casada, moro em São Paulo e tenho um sonho publicado. Sou uma pessoa muito ansiosa, lunática e tímida e escrever é um hobby/trabalho que se tornou minha terapia.

Livros publicados: “O último romântico”

Livros que serão publicados: “Os contos perdidos” e “A liga dos Reis”

1. O que te inspira a escrever?

R: A vida e suas inquietudes memoráveis. A correria estressante do cotidiano transformada em poesia e histórias. O faz de conta como forma de ver o mundo em minha volta. Peço licença Legião Urbana, mas é mais ou menos esta história: “Ás vezes o que eu vejo quase ninguém vê....”

2. Quanto tempo aproximadamente você levou para escrever seu primeiro livro?

R: Quase uma gestação! 8 meses.

3. Que temas aborda em seus livros?

R: Amor platônico e como as palavras não ditas (declarações) podem tornar-se tragédia. Além de solidão, crise de existência, vícios e, lógico, amor e suas consequências.

4. Qual a história por trás das suas histórias?

R: Quando comecei a escrever “O último romântico” queria um enredo mais triste do que Romeu e Julieta. Pensava “E se Romeu e Julieta só ficassem nos olhares...”, adoro Shakespeare e mesmo sendo uma história bem diferente acho que consegui ser tão trágica quanto ele. Não sei se Pedro é realmente o último romântico, mas dentro dos aspectos que eu o criei acho que o título caiu bem.

5. Você se sentiu apoiada para escrever e posteriormente publicar seu livro?

R: Para escrever sim, principalmente por minha família. Publicar!?!? Levei alguns nãos, mas dentre eles houve um sim.

6. Quais as maiores dificuldades que você enfrentou ao dessa caminhada (começar a escrever até publicar)?

R: Todas as etapas foram trabalhosas, mas a revisão... É, a revisão foi a maior dificuldade que encontrei. Não serei hipócrita em dizer que não tive bloqueios, pois tive alguns. E enfim, ainda me classifico como uma iniciante e tenho muito a aprender.

7. Que conselhos daria a um aspirante a escritor?

R: Escreva por prazer e nunca desista! Escreva, digite, escreva e depois revise e revise. Escreva mais um pouco!

Por Juliete Vasconcelos,

autora da trilogia O Ceifador de Anjos