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Resenha: O Colar de Ignis #1

Autor: Eduardo Costa
Editora: Kazuá
Ano: 2015 
Páginas: 123

*Obra cedida pelo autor.

Imagine um Deus soberano que possui todo o poder sobre os oceanos que nos rodeiam. Assim como qualquer outro Deus, este também possuía sentimentos. Zástras vivia na mais extrema fúria. Quando isso acontecia, raios e trovões castigavam as águas por ele possuídas. Tempestades, tormentas e tsunamis se formavam e destruíam tudo aquilo que estivesse no seu caminho. Porém esse mesmo Deus vivia na solidão. Na calmaria da sua índole, pequenas lágrimas escorriam pelo seu rosto. O Deus se exilava por vários dias em vários pontos dos oceanos e das suas lágrimas que na verdade eram lavas vulcânicas, formavam-se pequenas ilhas.Serínia, a rainha das profundezas fora se queixar com Zástras pelas constantes tormentas que abalavam o seu povoado no fundo do mar. O Deus acabou se apaixonando pela rainha e tempos depois unificaram seus poderes através do amor. Tiveram três filhos o que por longo tempo trouxe a serenidade e calmaria para Zástras. mas ele era o Deus dos mares e por instinto ele precisava da sua fúria. E esta veio de uma forma tão avassaladora que nem ele sabia das consequências do que estava prestes a acontecer. [SKOOB]

     Se você é um leitor que adora livros com fantasia - com seres fantásticos e até deuses – e repletos de mistérios, precisa ler esse livro, que é certamente, indicado para todos os públicos. 

     O livro O Colar de Ignis – A Sociedade dos Mortos, é o primeiro volume de uma saga escrita por Eduardo Costa, em cuja narrativa, o autor dá asas a sua imaginação, enlaçando o leitor com a coragem dos protagonistas, ao desbravarem um território inóspito, desconhecido e cheio de mistérios. Eles são movidos inicialmente por um espírito aventureiro e destemido, tão característicos dos jovens, mas que se torna ao longo da trama, uma missão de fazer o bem, ajudando aqueles que cruzarem os seus caminhos.

     Segundo a lenda, contada de geração em geração, ele era um Deus soberano e senhor dos mares, que ao enfurecer-se com tamanha violência, acabou por culminar sua própria família, como consequência, a dor e o remorso acometeu-o, e foi do seu sofrimento que surgiram três ilhas, as quais deu o nome de seus saudosos filhos: Zerik, Zárras e Zuntrum, que juntas, formam o arquipélago que leva seu próprio nome: Zástras.

     E é em uma dessas ilhas que toda aventura e magia acontece, porque o Deus dos mares, em seus momentos finais, acabou por aprisionar centenas de espíritos de índole desconhecida em uma grande nuvem negra, que por tempos incontáveis, ficou a pairar pelo céu de Zuntrum, conhecido como Sociedade dos Mortos, sempre fora um dos maiores mistérios do arquipélago de Zástras.

     Não bastasse essa peculiaridade no céu de Zuntrum, Zástras transferira todo o seu poder para um colar, arremessando-o para a ilha, não antes de deixá-lo sob a proteção de Caballu, um cavalo com asas de fogo, para em seguida, desaparecer. Essa é a lenda do Colar de Ignis, que diz que quem o possuir, irá libertar e liderar a Sociedade dos Mortos, assim como deter um grande poder.

    As ilhas de Zerik e Zárras são habitadas por tribos distintas e com costumes diferentes, não mantendo qualquer contato entre si, o que era em partes proibido, podendo até ser motivo de sacrifício em uma delas. Zuntrum, por sua vez, é um verdadeiro mistério, visto que ninguém teve coragem ou fosse ousado o suficiente para invadir aquele território e desbravá-lo, conhecendo todos os seus segredos. Não somente as leis da tribo eram um impedimento, mas a vista que tinham da nuvem negra sobre a misteriosa ilha, era mais que um alerta de perigo, até ali, todos temiam o desconhecido.

    No entanto, a jovem princesa da tribo de Zerik, Leirini, dona de um coração tão bom quanto aventureiro, ávido por respostas, decide aventurar-se sozinha pela ilha de Zuntrum, com a missão de desbravar os seus mistérios e quem sabe, encontrar o Colar de Ignis. Mas o destino acabou por unir à sua caminhada, o príncipe da ilha de Zárras, Lakrus.

     Assim, em meio ao desconhecido, esses jovens guerreiros se deparam com um cenário fantástico, diferente de tudo aquilo que tinham imaginado, onde tudo que ali há, é um ser vivente – e falante, que literalmente tem que lutar para poder sobreviver, porque os perigos na ilha de Zuntrum são bem maiores do que Leirini e Lakrus poderiam prever, onde nada é o que parece e eles podem, até mesmo, se tornarem a comida de nativos cruéis e famintos, por isso, toda ajuda a esses dois jovens é bem-vinda, e adianto, que amigos não irão lhe faltar!

     Por fim, nessa ousada jornada, alguns valores destacam-se através das decisões das personagens, como a lealdade, a amizade, a importância do elo familiar e principalmente, a persistência em alcançar um objetivo, no caso de Leirini e Lakrus, um objetivo puro, que mesmo com as adversidades enfrentadas, para eles, mesmo sem benefícios próprios, valeria a pena enfrentar!

     Antes de seguirmos com a entrevista que o autor Eduardo Costa gentilmente nos concedeu, aproveito para agradecer pela oportunidade de conhecer o seu trabalho e pela confiança, assim como para desejar-lhe sucessos!

Bônus 
Entrevista




    Biografia resumida: José Eduardo Borges da Costa, alcunha de Eduardo Costa, nasceu na cidade de São Gonçalo, Rio de Janeiro. Com poucos anos de idade mudou-se para a cidade de Monte Alto – SP onde reside até hoje. É formado em Letras pela faculdade de Educação São Luis de Jaboticabal onde também cursou sua pós-graduação em língua portuguesa. Músico, compositor, poeta e escritor, Eduardo Costa exerce sua profissão com amor e afinco lecionando nas escolas do setor público, municipal e privado.

     Livros publicados: O colar de Ignis - A Sociedade dos Mortos

     Livros que serão publicados: Trilogia do título citado anteriormente



O que te inspira a escrever?
R: Eu sempre procurar enxergar as coisas com poesia. Procuro ver aquilo além do que é realmente. Reflito sobre a situação ou imagem e depois crio uma fantasia dentro de mim e dou vidas para elas. Os sonhos também são inspiradores. A trilogia da obra “O colar de Ignis” nasceu de um sonho

Quanto tempo aproximadamente você levou para escrever seu primeiro livro?
R: Cerca de seis meses.

Que temas aborda em seus livros?
R: Abordo o quão grande é força de uma mulher independente. O quão ela é batalhadora quando se tem uma ambição na vida.

Qual a história por trás da sua história?
R: Um menino com dificuldades de aprendizagem que superou tudo através de bons professores e de muitas leituras.

Você se sentiu incentivado para escrever e posteriormente publicar seus livros?
R: Não tive apoio nenhum e continuo não tendo. Tudo é mérito do meu esforço. Salvo aqueles amigos de profissão que me ajudam de uma forma ou outra.

Quais as maiores dificuldades que você enfrentou ao dessa caminhada (começar a escrever até publicar)?
R: A maior dificuldade é a parte financeira. Depois que a obra é publicada, é difícil você confrontar com a tecnologia de hoje em dia. As pessoas gastam um absurdo em celulares, mas não têm 30 reais para comprar um livro.

Que conselhos daria a um aspirante a escritor?
R: Não crie fantasias iniciais de que venderá bastantes livros. Quando for publicar, publique uma quantia que você sabe que irá vender. Caso contrário, terá que aumentar a sua estante estocando os não vendidos.


Por Juliete Vasconcelos,
autora da trilogia O Ceifador de Anjos

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