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Resenha: Carrie, a Estranha



Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Ano: 2013
Páginas: 200

SINOPSE
    "Até 1972, Stephen King ainda era um professor cujo salário mal dava para sustentar a mulher, Tabitha, e os dois filhos. Nas horas vagas, escrevia histórias de suspense, sempre rejeitadas pelas editoras. Foi então que finalizou mais uma obra. Em seguida, porém, desiludido com o mercado editorial, King arremessou-a pela janela. Foi Tabitha quem o convenceu de recuperar os originais e tentar outra vez. Enviado a um editor, o livro foi aceito. Nascia Carrie, a Estranha, obra que lançou Stephen King no cenário literário mundial.
    O livro narra a atormentada adolescência de uma jovem problemática, perseguida pelos colegas, professores e impedida pela mãe de levar a vida como as garotas de sua idade. Só que Carrie guarda um segredo: quando ela está por perto, objetos voam, portas são trancadas ao sabor do nada, velas se apagam e voltam a iluminar, misteriosamente.
    Com tantos ingredientes de suspense, Carrie, a Estranha logo se transformou num enorme sucesso internacional. Ao ser transportado para as telas, em 1976, pelas mãos de Brian de Palma, teve a atriz Sissy Spacek e John Travolta em seus papéis principais."
 [SKOOB]


    Seguindo com a segunda resenha do Desafio Literário 2015, leitura do período de 19 de janeiro a 01 de fevereiro, com a temática:  Sucesso mundial
    Com o tema em questão, é claro que eu tinha que escolher um livro no meu querido Mestre do Terror Stephen King. Já passou da hora de escrever uma resenha de alguma de suas obras...então escolhi nada menos que sua primeira obra de renome, a qual já ganhou 3 adaptações cinematográficas, sendo a última lançada no ano passado. 


    Eu adoro o gênero, adoro a narrativa de King, adoro o suspense que envolve algumas passagens, você não consegue desgrudar o olho da página...vai sentindo uma aflição e logo algo surpreendente acontece e você para quase sem folego e diz pra si mesmo..."mas o que foi isso?"
    Algumas coisas eu nunca irei compreender, mas seguimos em frente...

    É difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar de Carrie White, uma garota reclusa e "esquisita", vítima de gozações, piadas e "brincadeiras" de mal gosto na escola (o famoso bullying dos tempos modernos), e dominada pela mãe, uma mulher fria e fanática religiosa que culpa a filha por tudo de ruim que acontece, sempre dizendo que há algo de demoníaco na garota
    Carrie com apenas 16 anos não sabia o quera viver de verdade, desde criança fora privada das descobertas e dos prazeres. Na adolescência sua vida se resumia em costurar e rezar, a segunda, uma obrigatoriedade imposta pela mãe.

"Viver é enfrentas, a cada dia, o terrível peso da culpa"

    Por ser alvo constante de insultos Carrie acaba guardando sentimentos de raiva por algumas pessoas da cidade e esses sentimentos afloram um poder até então desconhecido pela garota, e após um incidente na escola, o qual se torna limitante (o auge da raiva de Carrie), a cada nova situação constrangedora ela adquire habilidades e maneiras de controlar seus poderes telecinéticos. 

"No fatídico dia de sua formatura, um ato de bondade ofereceu a Carrie uma outra forma de enxergar a si mesma. Porém, outro ato - de absoluta crueldade - provocou uma irremediável reviravolta e transformou seu jogo secreto em uma arma de horror e destruição. Chegou a hora do acerto de contas."

    Adoro as obras de King, dos livros que já li, ele sempre começa tendo um diálogo direto com o leitor, explicando fatos que levaram ele a escrever a história que estamos prestes a ler...você pega uma certa intimidade com o autor e apesar do excesso de detalhes presentes em alguns de seus contos, acabei me encantando pelo suspense de sua narrativa...ele é mesmo o Mestre, não tem jeito. 

    Uma das coisas que me agradou muito na obra em questão foi o modo de apresentação dos acontecimentos. O enredo se inicia na forma de um inquérito sobre as investigações, as quais buscaram respostas sobre as causas que levaram aos terríveis acontecimentos no baile de formatura da Ewen High School. São apresentadas muitas entrevistas com testemunhas que estavam presentes no baile, alguns familiares dos jovens mortos no acidente e antigos vizinhos da família White...uma coisa já se sabia desde o início...o "estopim da explosão" fora Carrie.
    Logo no início, o responsável pelo inquérito relata fatos da infância de Carrie que poderiam explicar os reais motivos de seu poder, acontecimentos estranhos que ocorriam quando a menina estava presente...apresenta ao leitor algumas curiosidades a respeito da família da garota, pai, avós e tios, enfatizando a importância da telecinesia ser um caráter genético.

    No decorrer da história, pode-se perceber que Carrie é uma mera vítima do sistema, acredito que toda a sua raiva tenha sido gerada e focada principalmente em sua mãe, algo que foi crescendo como um tumor, e se alastrando por toda sua alma, pois desde o início aquela criança não era bem vinda, fora gerada do "pecado", filha do mal.
    Sua vingança mostra que tudo tem um limite, até mesmo a sanidade.


    Uma obra fantástica, de leitura rápida e surpreendente...até onde vai a dignidade do ser humano? E olha que não estou falando de Carrie.


 Classificação e Gênero
  



    





4 comentários:

  1. Ótima resenha <3 Sou muito fã do King e adorei Carrie também! É um livro rápido mas, ainda assim, com aquela intensidade característica do autor. Seu post me deu vontade de pegar o livro agora mesmo para reler hahahaha

    Parabéns!
    Beijosss
    http://bookspoison.blogspot.com/

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  2. Resenha muito boa! Não li nada do King por enquanto, e Carrie A estranha, não tava na minha lista de livros do autor, porém achei melhor repensar.
    Abraços.
    www.chamandoumleitor.blogspot.com

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  3. Oi Que, tudo bem?

    Nunca li nenhuma obra do King, pois é! Morro de vontade de ler "O Iluminado" e pela resenha esse parece ser um livro bom tbm, preciso começar a ler King kkkkk. Bjus
    www.magisbook.blogspot.com

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  4. Eu tenho muita pena da Carrie. Me dava uma aperto no coração quando o livro estava indo para a reta final e eu já sabia o que iria acontecer, pois já havia visto um dos filmes. A estrutura da narrativa é mesmo bem curiosa. A maneira como o King mistura as passagens com reportagens e dados médicos poderia fazer com que atenção do leitor fosse dispersa, mas foi exatamente o contrário. Muito boa a resenha, seguindo seu blog.

    http://porquelivronuncaenguica.blogspot.com.br/

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